segunda-feira, 28 de março de 2011

O Céu não é como um Elevador

Os profetas do Antigo Testamento foram capazes de contagiar gerações com o sonho de Deus! Sim, sonho de Deus, porque Ele tem um plano de amor, mas destinado a ser compartilhado com os seres humanos, passando pela misteriosa mediação da liberdade com que nos criou. Isaías (cf. capítulo 66, versículos de 18 a 21) via povos e nações acorrendo ao Senhor, conduzidos ao monte santo em Jerusalém. É a convocação universal, que o apóstolo São Paulo bem descreveu, dizendo: “Deus quer que todos os homens se salvem” (1 Tm 2,4).
No entanto, é recorrente em todas as gerações a pergunta sobre os lugares reservados no Paraíso, não percebendo, por exemplo, que o número de cento e quarenta e quatro mil assinalados (cf. Ap 7, 1-12) tem um valor simbólico – doze ao quadrado, o número das tribos de Israel, multiplicado por mil – explicado imediatamente pela expressão que se segue: “Uma multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos, povos e línguas”.
Perguntado sobre o número dos que haveriam de se salvar (cf. Lc 13, 22-30), Jesus muda o rumo da conversa, passando do “quantos” para o “como”! Provocado a falar do fim do mundo (cf. Mt 24, 34) aos que desejam saber “quando” ocorrerá a volta do Filho do Homem, indica como se preparar para essa vinda. Seus discípulos de todos os tempos hão de passar da curiosidade à sabedoria, de questões ociosas aos verdadeiros conteúdos, que colocam em jogo a vida nesta terra e na eternidade.
O Céu não é como um elevador ou um meio coletivo de transportes com uma placa indicando que está lotado. Se fosse uma questão de números, há muito tempo haveria um “não há vagas”. A Jesus não interessa o número, mas o modo com que caminhamos para o paraíso, pois para isso fomos criados, com um destino de felicidade eterna, que é oferecido a todos os seres humanos de todas as gerações.
Não basta pertencer a um povo determinado, ou mesmo ter conhecido Jesus ou a Igreja. Faz-se necessário tomar uma decisão pessoal, seguida de uma conduta coerente (cf. Mt 7, 13-14).
Num escrito considerado o primeiro Catecismo da Igreja, se lê: “Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois. Este é o caminho da vida: primeiro, ame a Deus que o criou; segundo, ame a seu próximo como a si mesmo. Não faça ao outro aquilo que você não quer que façam a você. Este é o caminho da morte: primeiro, é mau e cheio de maldições - homicídios, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatria, magias, feitiçarias, rapinas, falsos testemunhos, hipocrisias, coração com duplo sentido, fraudes, orgulho, maldades, arrogância, avareza, palavras obscenas, ciúmes, insolência, altivez, ostentação e falta de temor de Deus. Nesse caminho trilham os perseguidores dos justos, os inimigos da verdade, os amantes da mentira, os ignorantes da justiça, os que não desejam o bem nem o justo julgamento, os que não praticam o bem, mas o mal" (Cf. Didaqué, capítulos 1 a 5).
O caminho que vem depois de passar pela porta estreita do Evangelho desemboca na plena realização de todas as potencialidades humanas. O caminho da maldade é largo, mas só no início. A estrada dos vícios, e a avalanche de uso de drogas em nossos dias  prova isso, pede cada vez mais uma dose maior, levando à náusea e à tristeza, para depois chegar a um ponto em que o organismo não reage mais, conduzindo a um prejuízo, tantas vezes, irreparável.
O cristão é chamado a fazer escolhas claras e coerentes com os valores do Evangelho. Por outro lado, olhando ao seu redor, considerará todas as pessoas, por machucadas que pareçam, candidatas ao Reino de Deus. Por vocação, realizará o sonho de Deus que tem o nome de unidade! Buscará a plena unidade na Igreja, a comunhão de todos os cristãos, a fraternidade entre as pessoas das várias religiões e a união de todas as pessoas de boa vontade, para a transformação de todas as realidades humanas, segundo os desígnios de Deus. Será a pessoa que convoca e não dispersa, enxerga a semente do Verbo de Deus plantada no coração de todos, fazendo com que seus braços e seu coração, escancarados pela caridade, sejam, em nome de Deus, portas abertas!
Dom Alberto Taveira Corrêa

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Confissão Alivia o Nosso Fardo!

A confissão é o sacramento que nos reconcilia com Deus, com nós mesmos e com o próximo, por isso nos cura. Nesta edição, o missionário Alexandre de Oliveira o convida a confessar os seus pecados como propósito semanal, aproveitando o tempo da Quaresma.
Muitas vezes, as pessoas não se confessam por não confiarem nos padres pelo fato de estes também serem humanos. Cristo confiou o exercício do poder de absolver os pecados ao ministério apostólico. Ao sacerdote é confiado o "ministério da reconciliação" (cf. II Cor 5,18). E é enviado "no nome de Cristo", e é o próprio Deus que, por meio dele, exorta e suplica: "Deixai-vos reconciliar com Deus" (II Cor 5,20b).

"Além do fato sobre o padre [ser humano], muitas pessoas não se confessam porque acham que seus pecados são insignificantes. Mas, lembre-se: várias gotas formam o oceano!", recorda o consagrado.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Como acreditar naquilo que não toco?

"A fé é o complemento aperfeiçoado da razão" (Manuel García Morente).
Nem sempre ter fé é fácil, muitas e muitas vezes, o fato de acreditar em Deus exige de nós uma alta capacidade de raciocinar e ponderar aquilo que é provável, possível ou impossível. Por que digo isso?!
Na sociedade em que vivemos a concepção de fé é completamente deturpada. Como se para tê-la fé, precisássemos parar de raciocinar ou pensar em tudo o que nos acontece. Como se o fato de termos fé tirasse de nós a capacidade de questionar o mundo ao nosso redor e até, muitas vezes, a nossa própria crença.
Afinal, a fé precisa passar pelo processo de construção e desconstrução; a fé que tínhamos quando crianças, precisa ser desconstruída, para construirmos uma fé madura. Para esse processo acontecer, a própria vida traz os seus desafios, suas frustrações, suas alegrias, seus fracassos e seus sucessos. A própria vida é matéria-prima para o amadurecimento da nossa fé. Nunca poderemos tocar a Deus somente usando da razão, mas com ela podemos intuí-Lo; a partir disso, a fé nos leva a dar um salto de qualidade e atribuir a Deus um papel que somente a razão não nos permite fazer.
Para facilitar o entendimento do que digo, Deus não realiza um milagre do “nada”. Ele sempre parte do esforço do homem, mesmo que esse esforço seja uma simples oração. Para acontecer um milagre é necessário nossa participação. Deus Pai se revela, mas também se faz necessário um esforço do homem. Quando conhecemos uma pessoa e a elegemos como especial para nós, é natural o processo de conhecê-la e dar-se a conhecer. Na experiência com o Altíssimo acontece algo semelhante: O buscamos e Ele se revela a nós; O procuramos mais, Ele se revela mais ainda. Nunca paramos de conhecê-Lo.
Agora, se mesmo com toda essa argumentação o ato de ter fé lhe parecer muito difícil, quero convidá-lo para, de maneira muito sincera, olhar para o que está ao seu redor e perceber os “rastros de Deus”. Veja o pôr-do-sol em uma praia, o voo dos pássaros, a terna relação entre mãe e filho e, com certeza, você perceberá que são fatos e gestos que fogem de uma explicação cientifíca ou racionalista, permeados pela beleza e o afeto que surgem de Deus. Na sua vida, olhe com coragem e perceba os momentos que, muitas vezes, são difíceis e doloridos, mas Deus, de alguma maneira se deixa ser encontrado.
Dê a Deus o crédito que a Ele é devido, sabendo que ter fé não é um ato mágico, mas ao contrário, exige de nós um esforço enorme. Porque acreditar em Deus é simples, mas não fácil. Exatamente porque se a vida fosse feita de coisas fáceis, nunca conseguiríamos ser homens e mulheres de verdade. Ter fé significa, acima de tudo, relacionar-se com Aquele que deseja que o busquemos com toda a nossa força e o nosso coração: Deus!

Fonte: www.cancaonova.com

quinta-feira, 10 de março de 2011

III Carnaval com Cristo

A Renovação Carismática Católica de nossa cidade, realizou o III Carnaval com Cristo, que aconteceu nos dias 06 a 08 de março na Escola Severino de Andrade Guerra.
Muitas pessoas de nossa comunidade participaram do nosso retiro espiritual, tendo uma participação superior aos retiros anteriores. 
Contamos  com a participação de duas irmãs missionárias da Comunidade Obra de Maria, foram elas: Inês e Alcilene.
Tivemos momentos de louvor, pregração da Palavra de Deus, momentos de oração e Celebração da Santa Missa. Neste ano tivemos uma estrutura mais organizada e bem definida, pois os momentos de louvor, pregação, oração e a Santa Missa foram realizados na área da escola. Tinhamos uma sala especial para as crianças brincarem, assistir DVDs de desenhos bíblicos e realizarem atividades recreativas que ao mesmo tempo evangelizava todas as crianças de participaram do retiro juntamente com os pais.
Também tinhamos a Capela do Santíssimo, aonde todos podiam adorar o Senhor Jesus, através de suas orações e cânticos de louvor.
A todos que quisessem passar o dia inteiro no retiro nós tinhamos almoço a oferece para todas as pessoas.
Foram momentos de muita alegria, descontração, louvor e adoração ao Senhor Jesus, Nosso Deus.
Vejam as fotos: