sábado, 19 de maio de 2012

Bento XVI Pede uma Nova Geração de Católicos para Renovar à Igreja

Ao receber esta manhã a um grupo de Bispos dos Estados Unidos, o Papa Bento XVI alentou a uma nova geração de católicos, sustentados em um forte patrimônio cultural e espiritual, que permita a renovação da Igreja. Isto indicou o Papa em seu discurso ao último grupo de prelados norte-americanos que realizam sua visita quinquenal ad limina a Roma. Em encontros anteriores, diversos grupos de bispos sublinharam a importância de preservar e fomentar o dom da unidade católica, como condição para o cumprimento da missão da Igreja nos Estados Unidos. Respondendo a esta preocupação, Bento XVI se referiu em seu discurso à necessidade de incorporar à Igreja nos Estados Unidos o patrimônio de fé e cultura contribuído pelos imigrantes católicos. O Papa elogiou o trabalho realizado pela Igreja norte-americana para responder ao fenômeno da imigração: "a comunidade católica nos Estados Unidos continua, com grande generosidade, recebendo ondas de novos imigrantes, proporcionar-lhes assistência pastoral e assistência econômica, mas acima de tudo do ponto de vista humano. Assim, isto é de profunda preocupação para a Igreja, uma vez que implica garantir o tratamento justo e a defesa da dignidade humana dos imigrantes.".

A Igreja nos Estados Unidos, disse o Papa, está chamada a "a abraçar, incorporar e cultivar o rico patrimônio de fé e culturas presentes em muitos grupos de imigrantes, incluindo não apenas os de seus próprios ritos, mas também o crescente número de hispânicos, asiáticos e africanos católicos". "A árdua tarefa de pastoral em promover uma comunhão de culturas dentro de suas igrejas locais deve ser considerada de particular importância no exercício do seu ministério a serviço da unidade". "Esta diaconia da comunhão implica mais do que simplesmente respeitar a diversidade linguística, promovendo as sadias tradições, e o fornecimento dos necessários programas e serviços sociais. Também exige um compromisso com a pregação contínua, as catequeses e atividades pastorais destinadas a inspirar todos os fiéis num sentido mais profundo da sua comunhão na fé apostólica e sua responsabilidade para com a missão da Igreja nos Estados Unidos", acrescentou Bento XVI.

Bento XVI ressaltou logo que "a imensa promessa e as energias vibrantes de uma nova geração de católicos estão esperando para ser aproveitados para a renovação da vida da Igreja e da reconstrução das camadas da sociedade americana". Sobre a vida religiosa, o Papa expressou sua "profunda gratidão pelo exemplo de fidelidade e abnegação dado pelos muitos consagrados e consagradas em vosso país, e unir-me a eles em oração neste momento de discernimento espiritual que produzirá frutos abundantes para a revitalização e fortalecimento de suas comunidades em fidelidade a Cristo e à Igreja, bem como aos seus carismáticos fundadores”. “A necessidade urgente em nosso tempo de testemunhos credíveis e atraentes para o poder redentor e transformador do Evangelho torna-se essencial, para recapturar um sentido de beleza sublime e de dignidade na vida consagrada, rezar pelas vocações religiosas e promovê-los ativamente, enquanto reforçam-se os canais existentes de comunicação e cooperação, especialmente por meio do trabalho do vigário ou delegado para os religiosos em cada diocese”, afirmou.

Quando o Vaticano ordenou uma séria avaliação da vida das religiosas nos Estados Unidos, o Santo Padre reafirmou sua "Em nossas conversas, muitos de vocês falaram de sua preocupação em construir relações cada vez mais fortes de amizade, cooperação e confiança com seus sacerdotes. No presente momento, também, exorto-vos a manterem-se particularmente próximo dos homens e mulheres em suas Igrejas locais que estão empenhados em seguir Cristo sempre com maior perfeição na generosidade abraçando os conselhos evangélicos". O Papa expressou logo sua esperança de “que o Ano da Fé, que será aberto em 12 de outubro deste ano, no 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desperte um desejo por parte de toda a comunidade católica americana de se reapropriar, com alegria e gratidão, do tesouro inestimável da nossa fé". Para concluir Bento XVI disse que "com o enfraquecimento progressivo dos valores tradicionais cristãos, e a ameaça de uma temporada na qual nossa fidelidade ao Evangelho pode nos custar muito caro, a verdade de Cristo não apenas precisa ser compreendida, articulada e defendida, mas proposta com alegria e confiança, como a chave para a realização humana autêntica e para o bem-estar da sociedade como um todo".

Comunidade Shalom, fundada há 30 anos no Brasil, Recebe Aprovação Pontifícia dos seus Estatutos

Comunidade Católica Shalom recebe os Estatutos definitivos da Santa Sé. Na última sexta-feira, dia 11 de maio, a Comunidade Shalom, recebeu das “mãos da Igreja” seus Estatutos definitivos através do Pontifício Conselho para os Leigos – PLC. Agora a comunidade católica fundada no Brasil há 30 anos é uma Associação Internacional Privada de Fieis. Ao discursar no PLC, Moysés Azevedo, Fundador e Moderador geral da Associação relembrou o dia 9 de julho de 1980, exatamente dois anos antes da  fundação da Comunidade. “ Naquele dia, em Fortaleza, na Missa de abertura do Congresso Eucarístico Nacional vivi um encontro indescritível: o encontro de um jovem de vinte anos com  o sucessor de Pedro, o nosso inesquecível Beato João Paulo II”, disse. Naquela ocasião, Moysés ofertou sua juventude em favor da evangelização dos jovens que estavam mais distantes da Igreja. “Ali, aos pés de Cristo e ao pé do sucessor de Pedro, eu recebi uma graça que eu não poderia prever, e que ainda hoje é muito maior do que nós. Desse encontro resultou em uma graça, que dois anos depois, em julho de 1982, tornou-se a  Comunidade Católica Shalom”, descreveu. Falando sobre os Estatutos, o Fundador afirmou que o decreto se tratava do fruto de um caminho cuja  fonte bíblica é a narrativa da aparição de Jesus ressuscitado aos Apóstolos situada no Evangelho de João, cap. 20, vers. 19-26. Na ocasião, Azevedo relembrou as palavras recentes de Bento XVI sobre esta passagem bíblica. “É muito importante o que se vê no Evangelho, isto é, que Jesus, aparece aos Apóstolos reunidos em duas aparições no cenáculo e repete várias vezes a saudação “ A paz esteja convosco “. Esta saudação tradicional, com o qual deseja-se o shalom, paz, aqui se torna uma coisa nova, torna-se o dom da paz que só Jesus pode dar, porque é o fruto da sua vitória sobre o mal radical”, comentou.

Congresso Internacional

Durante a tarde, a Basílica de São João de Latrão recebeu os participantes da Convenção Shalom 30 anos para a apresentação dos estatutos definitivos e a missa de abertura do Congresso Internacional, que seguiu até o domingo (13). A missa foi celebrada pelo Cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. O Prelúdio (preparação à celebração eucarística) foi marcado pela acolhida das relíquias do Beato João Paulo II, que emocionou a todos que lotavam a basílica.

Jovens membros da Comunidade Shalom de vários países tiveram a oportunidade de introduzir as relíquias à basílica e se colocaram diante do “Papa da juventude”, como seu fundador o fizera no advento da comunidade na missa de 9 de julho de 1980. Logo após, foi lido o decreto de aprovação definitiva dos estatutos da Comunidade Católica Shalom, que de forma oficial e jurídica foi acolhida pela Santa Sé na comemoração dos seus 30 anos de ação evangelizadora. Na homilia, o Cardeal ainda agradeceu, em nome da igreja, à Comunidade Shalom e salientou a importância do serviço da comunidade e de sua doação. “A Igreja conta com a Comunidade Shalom” , pontuou.
“Eu desejo que sejam colaboradores do ministério do Papa na evangelização dos povos. Eis vossa missão na Igreja e no mundo!” continuou a fala do cardeal que finalizou abordando sobre a importância do Reconhecimento Pontifício. “O Reconhecimento Pontifício deve marcar novo ponto de partida para vós. Chegou para voces a Maturidade eclesial”, decretou.

Ao final da celebração, o agradecimento vem da parte de Moysés Azevedo, que dirige ao Cardeal Rylko o agradecimento em nome da Comunidade. Moysés renovou sua promessa diante da igreja. “Não estou aqui sozinho. Somos um povo, famílias, celibatários, sacerdotes e jovens em uma só voz, com esta grande missão de evangelizar o mundo. Obrigado de todo o nosso Coração por sermos filhos da Igreja, queremos servir para sempre a Igreja e a Cristo sendo um só coração”, pronunciou.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Benção na Voz de St. Padre Pio

Semeie o Espírito Santo em sua Casa

“Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa” (Mc 6,4).

Em todos os lugares o profeta é bem recebido, mas não na sua casa, como nos ensina o Evangelho. Mas isso não é motivo para ficarmos com os braços cruzados ou envergonhados. Esse é o tipo de reação que o inimigo de Deus espera! Muitas vezes temos a impressão de que quanto mais nos entregamos ao serviço do Senhor, quanto mais trabalhamos para Ele, tanto mais as coisas pioram em casa!


Quantos pais e quantas mães são do Senhor e acabaram vendo seus filhos entrarem nas drogas ou partirem para a revolta. Quantos pais acabaram vendo suas filhas se tornarem verdadeiras garotas de programa.
É isso que o inimigo de Deus quer: desmoralizar-nos! E, desanimados, acabamos entrando no quarto, nos escondendo e nos desiludindo: “Se na minha casa é desse jeito o que vou fazer lá fora? Não tenho mais moral!”

Não se entregue! Semeie o Espírito Santo! Leve a “efusão do Espírito” aos membros de outras famílias.
E tenha certeza: Deus terá alguém para semear em sua casa o Seu Espírito Santo, para que cada um dos membros da sua família se converta.

Deus o abençoe!


Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" de monsenhor Jonas Abib)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Catequese do Papa

Após ter dedicado as últimas catequeses sobre a oração nos Atos dos Apostólos, o Papa Bento XVI anunciou que a partir desta quarta-feira, 16, as próximas catequeses refletirão sobre a oração nas cartas de São Paulo. O Santo Padre destacou que um primeiro elemento ensinado pelo apóstolo Paulo é que a oração não deve ser vista como uma "simples boa obra" que as pessoas fazem para Deus mas, antes de tudo, é um dom, fruto da presença vivificante do Pai e de Jesus Cristo em cada um. 
 Sabemos que é verdadeiro o que diz São Paulo, na carta aos Romanos, afirmou Bento XVI, de que "não sabemos rezar de modo conveniente" (Rm 8, 26). "Queremos rezar, mas Deus está distante, não temos as palavras, a linguagem para falar com Deus, nem mesmo o pensamento. Podemos somente nos abrir, colocar o nosso tempo à disposição de Deus, esperar que Ele nos ajude a entre em verdadeiro diálogo", explicou o Papa.
Mas é exatamente essa falta de palavras e também o desejo de entrar em contato com Deus, que é "a oração que o Espírito Santo não somente entende, como leva e interpreta diante de Deus", disse o Santo Padre explicando as palavras do apóstolo. "Exatamente essa nossa fraqueza se torna, através do Espírito Santo, verdadeira oração, verdadeiro contato com Deus. O Espírito Santo é quase um intérprete que faz com que Deus entenda aquilo que queremos dizer", ressaltou.
Bento XVI destacou também três consequências na vida dos cristãos quando se deixam conduzir pelo Espírito Santo.      
A primeira é que com a oração a pessoa experimenta a liberdade doada pelo Espírito: "uma liberdade autêntica, que é liberdade do mal e do pecado, para o bem e para a vida, para Deus". O Papa explicou que sem a oração animada pelo Espírito, que alimenta a cada dia a intimidade dos fiéis com Cristo, esses permanecerão na condição descrita pelo Apóstolo: "não fazemos o bem que queremos, mas sim, o mal que não queremos" (Rm 7, 19).
Uma segunda consequência, de acordo com o Santo Padre, é que "o relacionamento com o próprio Deus se torna tão profundo" ao ponto de não ser corrompido por nenhuma realidade ou situação. "Compreendemos então que com a oração não somos liberados das provas ou dos sofrimentos, mas podemos vivê-los em união com Cristo, com os seus sofrimentos, na perspectiva de participar também da sua glória" (Rom 8,17), enfatizou.
E o terceiro ponto é que a oração do fiel se abre às dimensões da humanidade e de toda criação, se torna intercessão pelos outros e assim, ele libera a si mesmo, para ser canal de esperança para toda criação (cf. Rm 8, 19). "A oração, sustentada pelo Espírito de Cristo que fala no íntimo de nós mesmos, não fica nunca presa em si mesma, não é somente uma oração por mim, mas se abre à divisão dos sofrimentos do nosso tempo, dos outros", disse Bento XVI.
Por fim, o Papa destacou que São Paulo ensina os cristãos quanto ao dever de se abrirem na oração à presença do Espírito Santo, "o qual reza em nós com gemidos inexprimíveis para nos levar a aderir a Deus de todo o coração". "O Espírito de Cristo se torna a força da nossa oração 'fraca', a luz da nossa oração 'apagada', o fogo da nossa oração 'árida', doando-nos a verdadeira liberdade interior, ensinando-nos a viver enfrentando as provas da existência, na certeza de não estarmos sós e abrindo-nos aos horizontes da humanidade e da criação", concluiu.

Voltemos para o Senhor

É essa graça que Deus tem para você nestes tempos: ou você suporta porque está cheio do Espírito Santo ou então o mundo o fará desabar. Deus não quer isso, assim como você também não. É uma grande graça conhecer o Senhor. Na Bíblia, “conhecer o Senhor” não é uma atitude intelectual, mas sim um conhecimento como o das crianças. Não é verdade que as crianças conhecem tudo com a boca? Conhecer a Bíblia é saboreá-la, sentir seu gosto. Portanto, conhecer a Deus é sentir o Seu gosto.

“Vinde, voltemos ao Senhor.”
Não devemos mais estar distantes do Senhor. Ele nos dá a grande oportunidade de nos aproximarmos d'Ele e saboreá-Lo. A Igreja, graças a Deus, nos dá essa possibilidade de aproximação com o Pai. Os feitos de Deus pelo mundo, com o derramamento do Espírito Santo, permitem-nos saboreá-Lo cada vez mais.

Deus o abençoe!


Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova