segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reveste-me Senhor, com o Teu Amor

Hoje parece que as leituras foram feitas para nos da Pastoral da Sobriedade, pois realmente o que nos fazemos é transformar as armas em ferramentas, para ajudar, levantar, animar à outros. Os fracos fazem guerra, os fortes compreendem uns aos outros, e nos precisamos transformar a fera que existe dentro de nós. Quando você usa drogas se torna uma pessoa feroz e uma pessoa perigosa, porquê nos somos os únicos animais que podemos usar da inteligencia para fazer o mal.
Jesus veio fazer a revolução da fraternidade e o Tempo do Advento é esse tempo de fraternidade, mas a arma mais perigosa é a língua, que é mais perigosa que uma metralhadora. O tempo do Advento diz a Segunda leitura (Romanos 13,11-14a), é o tempo de se revestir de Cristo.
É preciso se revestir de Cristo por inteiro, dos pés a cabeça, do ultimo fio de cabelo ao dedão do pé.
Deixar Cristo revestir o nosso ouvido, para ouvir a Voz de Deus, que Cristo revista os nossos olhos, pois quem não tem amor não enxerga, e se nossa língua for ungida, for revestida por Jesus a serviço do amor, nossa palavra sera capaz de animar, motivar, consolar, levantar a todos e não mais dividir, e por fim se o nosso coração for o lugar onde o amor reside, seremos como uma fornalha, que arde de compaixão.
Peça também que nossas mãos sejam ungidas, para abençoar, para levantar, para ajudar o outro, peça que o amor de Jesus transforme as suas mãos, pois se você trabalha sem amor, de nada adianta. O amor precisa entrar até no seu bolso, para que você possa ser solidário, partilhar, e lembrar-se das palavras que falamos pela manhã: sobriedade e solidariedade.
O Natal só acontece com pessoas novas, quando você se torna novo, revestido pelo mesmo Espirito Santo que revestiu Jesus. Quando o seu natal acontece? Quando você pode dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal.2, 20).
Sede sóbrios. O Natal não é tempo de bebedeiras, de drogas, mas tempo de revestir-nos do Cristo, pois não sabemos, quando vamos prestar contas da nossa vida ao Senhor.

Homilia de Dom Irineu Danelon - Bispo de Lins - SP

1º Domingo do Advento

A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo, revisando nossas relações familiares. Como resultado deveremos buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isto deverá ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Esta semana, em família da mesma forma que em cada comunidade paroquial, acenderemos a primeira vela da Coroa do Advento, de cor roxa, como sinal de vigilância e desejo de conversão.

O que Significa a Coroa do Advento?

A vela sempre teve um significado especial para o homem, sobretudo, porque, antes de ser descoberta a eletricidade, ela era a vitória contra a escuridão da noite. À luz de velas São Jerônimo traduzia a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém, onde Jesus nasceu.
Em casa, à noite, quando falta a energia, todos correm atrás de uma vela e de um fósforo, ainda hoje.
Acender velas nos faz lembrar também a festa judaica de “Chanuká”, que celebra a retomada da cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos do rei Antíoco IV.
Antes da Era Cristã os pagãos celebravam em Roma a Festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz, que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).
Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário. Para nós cristãos simbolizam a fé, o amor e o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.
Nestas quatro semanas somos convidados a esperar Jesus que vem. É um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e a esperar a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.
A coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus por nós, que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus humanizado.
A coroa é composta de quatro velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo nem fim, é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Santa Catarina de Alexandria

No dia 25 de outubro lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de um Estado brasileiro: Santa Catarina. Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.
"Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado", disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. "Gostas tu d'Ele?", perguntou Maria. -"Oh, sim". -"E tu, Jesus, gostas dela?" -"Não gosto, é muito feia". Catarina foi logo ter com Ananias: "Ele acha que sou feia", disse chorando. -"Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada", respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o "casamento místico de Santa Catarina".
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.
Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

7 Dicas para Sermos Firmes na Caminhada com Deus

No mundo de hoje sabemos o quanto é difícil pertencermos a Deus e estarmos no mundo. Diz a bíblia que: “Nenhum servo poder servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro…”, assim também acontece na nossa vida de caminhada com Deus e o mundo. Um dos grandes motivos que não nos levam a decidir pela vida em Deus é justamente as influências do mundo e a radicalidade de estar no mundo e não pertencer as coisas dele (a tudo que nos afasta da presença de Deus e nos aproxima de uma vida de pecado).
Hoje assumir uma vida consagrada é um desafio para o jovem, mas acima de tudo uma grande alegria para o coração de Deus. Certo dia o Papa João Paulo II, disse que a parábola do bom pastor tinha se invertido, ou seja, não era mais as 99 ovelhas que estavam no aprisco e 1 estava perdida, mas sim, 1 no aprisco e 99 perdidas.
Precisamos assumir uma vida de radicalidade para com Deus, deixando tudo que nos levar a pecar e viver uma vida de santidade. Principalmente com estamos num caminho de discernimento vocacional e sendo acompanhado para fazer parte de uma comunidade de vida, pois o nosso caminho de santidade não deve ser depois que somos convidados a morar, mas sim a partir do primeiro momento que eu tive um contato direto com Deus, onde pude sentir-me amado por Ele.
Segue 7 dicas que podemos viver no nosso caminho que nos fará firme na caminhada:
1.    Ter uma vida de sacrifício – devemos procurar praticar o jejum e encarar a nossas dificuldades como sacrifício e oferta a Deus, na esperança que Ele está sempre conosco, não abrindo o nosso coração para a murmuração, divisão, entre outros pecados que corriqueiramente praticamos e achamos “normais”.
2.    Colocar em dia a vida de oração – precisamos sempre investir na nossa vida de oração. A oração é o meio de nos comunicar com Deus e se Ele é nosso Senhor, temos que buscar ter uma intimidade maior com Ele.
3.    Santidade provada – a medida que o tempo vai passando na caminhada do discípulo cristão as dificuldades vão aparecendo, mas ao mesmo tempo vão nos gratificando em graças e santidade, e pela santidade devemos enfrentá-las e sermos fiéis ao seguimento de Cristo.
4.    Fuga do mal – com o mal não devemos brincar. O único capaz de vencê-lo é Jesus. Claro que com Ele somos mais que vencedores. Porém na nossa vida, existe várias formas do mal querer destruir nossa vocação quando o procuramos, através da TV, internet, drogas entre outros. O bom mesmo é nos afastarmos dele e se aproximar cada ver mais de Deus.
5.    Vida apostólica – devemos procurar fazer alguma coisa por Cristo e pela Igreja Dele. O reino de Deus cresce em nós à medida que nos damos ao outro. Procuremos servir a Deus e ao próximo e estaremos fortificando nossa vida apostólica e nos preparando para a vinda do Senhor.
6.    Ame concretamente – não tem como ser Cristão e não amar concretamente, devemos a cada dia procurar viver mais o amor. O amor é o fundamento de nossa fé, um dia tudo passará e apenas o amor permanecerá, porque o amor é Deus, que vivamos Deus no próximo a cada dia de nossa vida, em tudo que fazemos e temos. Amar concretamente significa amar com atos.
7.    Perdoar – onde há o amor há o perdão, devemos a cada dia colocá-lo em prática em nossa vida e perceberemos o quanto nos sentiremos mais livre e mais perto de Deus.
Estas são as sete dicas que nos levará a ter um caminho cristão mais forte e nos fará mais preparado enquanto vocacionados, a se decidir a cada dia por Cristo e seu reino.
Que Deus nos abençoe sempre.


Extraído do site da comunidade Obra de Maria.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Adoração nos Tira das Garras do Inimigo

Nos momentos em que não conseguimos rezar, é provável que estejamos envolvidos numa grande tentação, num redemoinho que envolve nossos sentimentos, nossa vontade e nossa carne. Nesse redemoinho de tentação, a oração no Espírito nos salvará do pecado. A adoração nos tira das garras do inimigo. Mesmo sem palavras, adoramos ao Senhor em espírito. Diante do Trono da Graça, a divindade d'Aquele que nos amou, nos escolheu e nos salvou age em nós e, assim, somos vitoriosos. Na adoração, a tentação é obrigada a ceder. Peça ao Espírito Santo a graça de viver essa adoração, peça a Ele que você adore “em espírito e em verdade”.  "Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e em verdade, são esses adoradores que o Pai deseja. Deus é Espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e em verdade" (João 4, 23-24).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aniversário do Padre Fernando

No último dia 12 de novembro de 2010 comemoramos o aniversário natalício do Padre Fernando. Tivemos uma Celebração Eucarística em ação de graças ao nosso Deus Amado. Esta Missa foi presidida pelo Padre Fernando e co-celebrada pelo amigo e irmão o Padre Sebastião (Paróquia de Mocos - Timbaúba - PE).
A celebração foi muito linda e contamos com a presença dos pais do nosso pároco (Nivaldo e Luzinete) e também de uma de suas irmãs.
Várias pessoas de outras paróquias estiveram presentes, como: Limoeiro eTracunhaém. O momento de homenagens foi muito bonito, pois muitas pessoas demonstraram o seu amor, carinho e afeto pelo nosso pároco.
Após a missa foi realizada uma "festinha" em comemoração dessa data tão importante na vida do nosso pastor e sacerdote, o Padre Fernando Nivaldo Batista.
Vejam as fotos desta tão singela homenagem:

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Livres para Escolher

Há encontros e palavras de Jesus que dizem respeito a determinadas pessoas. Ao apóstolo Pedro foi confiada uma missão específica de ser rocha firme na edificação da Igreja. Testemunhas escolhidas de acontecimentos decisivos são o próprio Pedro, com Tiago e João. Doze são apóstolos, colunas do novo Israel de Deus, setenta e dois são os primeiros discípulos. O Evangelho relata que algumas mulheres acompanhavam o Senhor, servindo-O e aos Seus apóstolos com seus bens. Aquela que foi chamada apóstola dos apóstolos foi Maria Madalena. Um, dois, doze, setenta e dois...
Mas há uma outra categoria de destinatários da ação e da Palavra de Jesus: a multidão. Chama atenção o fato de que palavras muito exigentes sejam dirigidas a todos: “Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 25-26). Trata-se de uma provocação positiva à liberdade humana, chamada a tomar decisões que determinam um rumo de eternidade.
Jesus pede definições! Os chamados conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência são destinados, na justa medida, a todos os que querem segui-Lo (cf. Lc 14, 25-35). Não se trata de privilégios dos religiosos ou religiosas. “Qualquer de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”! É a pobreza, liberdade em relação aos bens materiais. Mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas deverão confrontar-se com escolhas correspondentes aos valores que norteiam suas vidas e aqueles materiais, por mais importantes que sejam, só servirão para o bem se se submeterem ao bem maior. Além disso, no fim de sua caminhada na terra, na páscoa pessoal da morte, só passará o amor. Todos os bens ficarão do lado de cá!
Livres diante dos afetos: “Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, não pode ser meu discípulo”. Quando alguma pessoa é transformada em ídolo, ficando Deus em segundo plano, os afetos serão desequilibrados. Se Deus passa na frente, o amor às pessoas mais queridas será límpido, sem tomar posse uns dos outros. É o sentido transparente e universal da Castidade!
Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo”. Renunciar à própria vida! De fato, quem não encontrou a quem obedecer não se realiza plenamente, pois se fechará no terrível individualismo que conduz à infelicidade. E o melhor ponto de referência para a obediência, que significa “prontidão para ouvir”, é o próprio Deus.
Não estamos diante de recomendações piedosas, destinadas a um pequeno grupo, mas de decisões com as quais jogamos o sentido de nossa existência, tanto que, sem tais escolhas, somos parecidos com o homem que começou a construir e, não tendo como acabar, torna-se objeto de zombaria (cf. Lc 14, 29-30). Infelizmente, muitas práticas religiosas em nosso tempo não atraem por lhes faltar a consistência das escolhas. Estas sim, mesmo os que pensam de forma diferente as respeitarão, pois coerência de vida não se discute!
Não aconteça com os cristãos de nosso tempo, em sua batalha contra o mal, serem soldados sem estratégia (cf. Lc 14, 31-33). Superficialidade não convencem ninguém! As armas adequadas estão à disposição de quem sabe escolher a Deus, reconhecendo-O mais importante do que todos os bens, afetos e até a própria vida. Quem assim se encontra municiado, participará da vitória que vence o mundo, não destruindo-o, mas o envolvendo na torrente infinita do amor de Deus Pai. “Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).
Cristãos com coluna vertebral! É o que clama nosso tempo. Estes serão sal para dar gosto ao mundo. “O sal é bom. Mas se até o sal perder o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem para a terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14, 34-35).

Como Lidar com o Desânimo

Você já deve ter ouvido alguém na última semana lhe dizer: “Nossa, estou desanimado, não tenho vontade para nada”. Para avaliarmos as situações que geram desânimo, convido você a perceber o quanto consegue ter habilidade para lidar com as dificuldades e as situações delicadas em sua vida. Atribuímos esta capacidade ao que chamamos de resiliência, ou seja, a capacidade de conviver com as situações da vida, superar dificuldades e dar um novo sentido para a vida.
Qual é o sentido da vida? De que forma posso encontrar propósito, realização e satisfação na vida? Consigo construir algo que tenha duração plena?
Muitas pessoas jamais pararam para pensar no sentido da vida e, um dia, depois de muitos anos, começam a questionar por que seus relacionamentos não deram certo e por que se sentem tão vazias, mesmo tendo alcançado algum objetivo anteriormente estabelecido. Um jogador de baseball que alcançou sucesso neste esporte foi questionado sobre o que gostaria que lhe tivessem dito quando ainda estava começando a jogar baseball. Ele respondeu: “Eu gostaria que alguém tivesse me dito que quando você chega ao topo, não há nada lá.” Ou seja, muitos propósitos para os quais nos voltamos, não fazem sentido pleno. Vamos atrás de propósitos que nos completem, tais como: sucesso no trabalho, prosperidade, relacionamentos, entretenimento, entre outros; no entanto, muitos de nós, quando conseguimos tudo isso, ainda sentimos que nada parece nos preencher.
O sentido da vida é descobrir qual é seu sentido, ou seja, descobrir quem somos, de onde viemos e para onde vamos, sobre a procura da felicidade, sobre o amor ao próximo e outros. O sentido da vida é também o progresso material e especialmente espiritual, pois no crescimento individual nesses campos a pessoa se faz e consegue compreender.
Muitas vezes, paramos em situações até mesmo simples, dando-lhes mais importância do que elas realmente merecem, maximizando problemas ou vendo situações que nem sempre são adequadas e nisso acabamos por cair no desânimo. Nem todos temos uma vida perfeita, mas o mais importante é entendermos que, por vezes, precisamos parar, colocando-nos de forma ativa diante das dificuldades de modo a compreender que a vida se faz a cada momento que superamos as dificuldades. Confiar, aceitar suas capacidades e limitações, aceitar algumas coisas e dar passos na mudança de outras será muito importante neste caminho.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

São Zacarias e Santa Isabel

Neste dia recordamos a vida do casal que teve na Palavra de Deus o principal testemunho de sua santidade, já que eram os pais de João Batista, o precursor de Jesus Cristo. Pelo próprio relato bíblico descobrimos que viviam na aldeia de Ain-Karim e que tinham laços de parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

"Havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Ábias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel" (Lc 1, 6).

Conta-nos o evangelista São Lucas que eram anciãos e não tinham filhos, o que acabava sendo vergonhoso e quase um castigo divino para a sociedade da época. Sendo assim recorreram à força da oração, por isso conseguiram a graça que superou as expectativas. Anunciado pelo Anjo Gabriel e assistido por Nossa Senhora nasceu João Batista; um menino com papel singular na História da Salvação da humanidade: "pois ele será grande perante o Senhor...e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe (Santa Isabel). Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus" (Lc1, 15s).

Depois do Salmo profético de São Zacarias, onde ele, repleto do Espírito Santo, profetizou a missão do filho, perdemos o contato com a vida do casal, que sem dúvida permaneceram fiéis ao Senhor até o fim de suas vidas. Assim, a Igreja, tanto do Oriente quanto do Ocidente, reconhecem o exemplo deste casal para todos os casais, já que "ambos eram justos diante de Deus e cumpriram todos os mandamentos e observâncias do Senhor" (Lc 1, 6).

São Zacarias e Santa Isabel, rogai por nós!