terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sagrada Família

A realidade dominante do que terá sido a vida de Jesus, Maria e José em sua pequena cidade de Nazaré, onde José exerceu a profissão de carpinteiro, foi a simplicidade. Se bem que de descendência ilustre, por parte de seus antepassados - pois descendia do rei David – a Sagrada Família levava uma vida modesta, em meio a uma numerosa parentela, constituindo um lar nem pobre, nem rico, ganhando o pão de cada dia com o suor de seu rosto, respeitando as leis administrativas e sociais de seu povo. No ritmo da oração comunitária na sinagoga, os ritos e as numerosas festas religiosas do judaísmo (onde, entre outros, o rito da circuncisão, a festa das Tendas, a peregrinação ao templo de Jerusalém), a vida de oração da Sagrada Família era, exteriormente, a de todo bom israelita praticante daquela época.

Portanto, por trás da modéstia deste comportamento respeitoso dos usos e costumes de sua cultura, a Sagrada Família vivia uma realidade tão grandiosa que apenas o silêncio  e a discrição poderiam assegurar, ao Lar de Nazaré, a serenidade necessária ao desenvolvimento do plano de Deus, o nascimento do Messias, tão esperado pelo povo hebreu, depois de tantos séculos.  Serenidade também para zelar pela infância e adolescência de Jesus, o Cristo Salvador do mundo,  até que ele alcançasse sua plena maturidade de homem e pudesse iniciar sua vida pública e a pregação de seu Evangelho.
Foi efetivamente na humilde morada de Nazaré que começaram a se desenrolar, entre os membros da Sagrada Família, as primeiras páginas do Novo Testamento que o Céu, em seu Verbo, se fez carne e veio se doar aos homens, por amor  e pela salvação de todos.
O testemunho do Cristo e de seus pais demonstra, também, o imenso resplendor que pode atingir uma vida familiar comum, vivenciada em Deus, na simplicidade e num grande amor compartilhado.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal do Senhor Jesus

Enquanto adoramos o nascimento de nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento.
Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão o Natal da Cabeça é também o natal do Corpo.
Embora cada um tenha sido chamado num momento determinado para fazer parte do povo do Senhor, e todos os filhos da Igreja sejam diversos na sucessão dos tempos, a totalidade dos fiéis, saída da fonte batismal, crucificada com Cristo na sua Paixão, ressuscitada na sua Ressurreição e colocada à direita do Pai na sua Ascensão, também nasceu com ele neste Natal.
Todo homem que, em qualquer parte do mundo, acredita e é regenerado em Cristo, liberta-se do vínculo do pecado original e, renascendo, torna-se um homem novo. Já não pertence à descendência de seu pai segundo a carne, mas à linhagem do Salvador, que se fez Filho do homem para que nós pudéssemos ser filhos de Deus.
Se ele tivesse descido até nós na humanidade da natureza humana, ninguém poderia, por seus próprios méritos, chegar até ele.
Por isso, a grandeza desse dom exige de nós uma reverência digna de seu valor. Pois, como nos ensina o santo Apóstolo, nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu (1 Cor 2,12). O único modo de honrar dignamente o Senhor é oferecer-lhe o que ele mesmo nos deu.
Ora, no tesouro das liberalidades de Deus, que podemos encontrar de mais próprio para celebrar esta festa do que a paz, que o canto dos anjos anunciou em primeiro lugar no nascimento do Senhor?
É a paz que gera os filhos de Deus e alimenta o amor; ela é a mãe da unidade, o repouso dos bem-aventurados e a morada da eternidade; sua função própria e seu benefício especial é unir a Deus os que ela separa do mundo.
Assim, aqueles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13), ofereçam ao Pai a concórdia dos filhos que amam a paz, e todos os membros da família adotiva de Deus se encontrem naquele que é o Primogênito da nova criação, que não veio para fazer a sua vontade daquele que o enviou. Pois a graça do Pai não adotou como herdeiros pessoas que vivem separadas pela discórdia ou oposição, mas unidas nos mesmos sentimentos e no mesmo amor. É preciso que tenham um coração unânime os que foram recriados segundo a mesma imagem.
O Natal do Senhor é o natal da paz. Como diz o Apóstolo, Cristo é a nossa paz, ele que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14); judeus ou gentios, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai (Ef 2,18). 
Em nossa Igreja Matriz de São Sebastião a Solenidade do Natal do Senhor Jesus foi celebrada as 21:00h e contou com um grande número de pessoas, o qual, tornaram ainda mais bonita esta celebração eucarística. Todos se emocionaram com a entrada da imagem do Menino Jesus que ocorreu na momento em que se cantava o Hino do Glória, sendo anunciado pelos sinos da nossa igreja.
Veja as fotos deste momento tão bonito em nossa paróquia:

















quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

4º Domingo do Advento e 1ª Comunhão na Igreja Matriz

O anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria. As leituras bíblicas e a prédica, dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante do anúncio do nascimento do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nos reconciliamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Como família devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que esta próxima celebração representa. Todos os preparativos para a festa deverão viver-se neste ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as famílias e as comunidades. 
Neste domingo também foi realizada a Primeira Comunhão de quase 60 crianças em nossa Igreja Matriz de São Sebastião. Foi com muita emoção e amor por Jesus que essas crianças receberam o Santíssimo Corpo de Cristo pela primeira vez, e assim, tornam-se pessoas cheias do amor de Deus e repletas da ação do Espírito Santo.
Vejamos as fotos deste momento tão bonito na vida destas crianças:



















terça-feira, 14 de dezembro de 2010

3º Domingo do Advento

Estamos celebrando o 3º domingo do Advento. Ele é chamado "Domingo daalegria". A comunidade cristã é convidada a se alegrar com o ApóstoloPaulo que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo:alegrai-vos! O Senhor está perto" (Fl 4,4s). As Leituras bíblicas, deste domingo, é um convite muito forte para a alegria, porque oSenhor, que esperamos, já está conosco e com ele preparamos o Adventodo seu Reino.
O profeta Isaias (Is 35,1-6.10) convoca o povo, exilado na Babilônia,a renovar a esperança em Deus libertador. Ele procura despertar a esperança e fortalecer o ânimo de um povo que atravessava um dos piores períodos de sua história: Jerusalém e o templo destruídos; com a deportação para o exílio o povo foi ficando sem terra, sem identidade, sem o amor e a aliança de Deus, sem o templo... enfim sem "nada". Mesmo diante destas ruínas, o profeta fala que o deserto vai florir, que a tristeza vai dar lugar à alegria, o medo dará lugar à luz. Ele libertará os cegos, os coxos, os mudos de suas doenças... E afirma: "os que o Senhor salvou voltarão para casa". É a alegria da volta à Pátria, da saúde readquirida, da liberdadereconquistada. É a festa da intervenção do Deus que salva.
No Evangelho encontramos a pessoa de João Batista. Na prisão e ouvindo falar das suas ações, ele manda alguns de seus discípulos perguntar a Jesus se é ele o que há de vir ou se é necessário esperar um outro (vv. 2-3). Ele não responde à pergunta. Ao contrário, faz um apelo ao discernimento com base no que é possível ouvir e ver (vv.4-5). A presença do reino no meio das pessoas é questão de discernimento. Só quem "ouve" e "vê" as obras de Jesus será capaz de perceber que ele é o Messias. Ninguém fica dispensado desse discernimento, nem mesmo profetas da categoria de João Batista.
Jesus retoma, amplia e realiza o sonho do profeta (Is 35,5-6): "os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciada a "boa nova" (Is 35,5). Pela interpretação das obras é que se chega à descoberta de quem é Jesus e constata-se que não é preciso esperar outra pessoa, porque nele o reino já está presente, privilegiando aqueles que a sociedade colocara à margem da vida. Defato, cegos, paralíticos, leprosos, surdos, mortos e pobres são preocupação constante de Jesus e mostra a João que a partir das suas obras inauguram a era messiânica, mas sob a forma de atos de salvação, não de violência e castigo. Assim Jesus dá um profundo testemunho de João Batista. Ele: não é um CANIÇO que verga conforme o vento, não é um pregador oportunista que se adapta conforme a situação, não é um CORRUPTO que vive na fortuna e no luxo... Mas ele é muito mais que um PROFETA... "É o maior dos nascidos de mulher". E acrescenta: "No entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele" (Mt 11,11). Os que já pertencem ao Reino transcendem àqueles que os precederam e prepararam.

Festa de Nossa Senhora da Conceição

Neste último domingo (3º Domingo do Advento) toda a nossa comunidade paroquial celebrou a festa em honra de Nossa Senhora da Conceição, pois esta denominação é muito popular e devocional em meio ao nosso povo machadense. 
A procissão do andor com a imagem de Nossa Senhora, saiu como de costume da residência de Dona Carmem, próximo ao Hospital Édson Álvares de nossa cidade, dirigindo-se todos até a Igreja Matriz onde foi celebrada a Santa Missa. 
Com muita fé e devoção pela Mãe de Deus e Nossa Mãe todos os fiéis acompanharam este cortejo cantando e louvando ao nosso Deus por ter realizado na vida de Maria Santíssima um verdadeiro milagre, que é, a conservação do seu corpo e da sua alma sem passar pela mancha do pecado.
Vejamos aos fotos deste lindo momento: 

Festa de Santa Luzia

Neste último sábado nossa paróquia celebrou a festa da virgem e mártir Santa Luzia, a protetora contra os males dos olhos.
Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda. Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV. Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304. Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.
A procissão saiu da casa da senhora Cosma Henrique que foi uma das madrinhas do andor de Santa Luzia juntamente com a jovem Paloma e Marília. A procissão dirigiu-se até a nossa Igreja Matriz, onde foi celebrada a Santa Missa. Muitas pessoas participaram deste momento de fé e devoção em nossa paróquia.
Vejam as fotos deste dia de festa em honra da Protetora dos Olhos:

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

São Melquíades

Hoje nos deixamos atingir pela santidade de vida de um Papa que buscou no Pastor Eterno e Universal toda a graça que necessitava para ser fiel num tempo de transição da Igreja. São Melquíades, de origem africana, fez parte do Clero Romano, até que em 310 faleceu o Papa Eusébio e foi eleito sucessor de São Pedro. No período de seu governo, Melquíades sofreu com a perseguição aos cristãos pelo Imperador Máximo. Esta perseguição só teve um descanso quando Constantino venceu Máximo na histórica batalha em Roma (312) a qual atribuiu ao Deus dos cristãos. Com isto, surgiu o Edito de Milão em 313, concedendo a liberdade religiosa; assim, São Melquíades passou do Papa da perseguição para o Papa da liberdade dos cristãos.

Durante os quatro anos de seu Pontificado, as piores ameaças nasceram no interior da Igreja com os hereges. São Melquíades foi grande defensor da Fé, por isso combateu principalmente o Donatismo, que contestava a legitimação da eleição dos ministros de Deus e fanaticamente se substituía a qualquer autoridade. Aproveitou Melquíades, a liberdade religiosa para organizar as sedes paroquiais em Roma e recuperar os bens da Igrejas perdidos durante a perseguição. São Melquíades através da Eucaristia semeou a unidade da Igreja de Roma com as demais igrejas. Entrou no céu em 314 e foi enterrado na Via Ápia, no cemitério de Calisto. Do Doutor Santo Agostinho, São Melquíades recebeu o seguinte reconhecimento: "Verdadeiro filho da paz, verdadeiro pai dos cristãos".

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nossa Senhora da Conceição, Padroeira do Estado de Pernambuco

A Imaculada Conceição é segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado. A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.
Desde o cristianismo primitivo diversos Padres da Igreja defenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente. No século IV, Efrém da Síria (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria são limpos e puros de toda a mancha do pecado. Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro. No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria. A festa da Imaculada Conceição de 8 de dezembro, foi definida em 1476 pelo Papa Sisto IV. A existência da festa era um forte indício da crença da Igreja de Imaculada Conceição, mesmo antes da definição do século XIX como um dogma. Na Itália do século XV o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.
Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou:
Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

2º Domingo do Advento

A conversão, nota predominante da predica de João Batista. Durante a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja nos convida a acudir ao Sacramento da Reconciliação (Confissão) que nos devolve a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela roxa da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo.
Durante esta semana poderíamos buscar nas diferentes igrejas mais próximas, os horários de confissões disponíveis, para quando chegar o Natal, estejamos bem preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reveste-me Senhor, com o Teu Amor

Hoje parece que as leituras foram feitas para nos da Pastoral da Sobriedade, pois realmente o que nos fazemos é transformar as armas em ferramentas, para ajudar, levantar, animar à outros. Os fracos fazem guerra, os fortes compreendem uns aos outros, e nos precisamos transformar a fera que existe dentro de nós. Quando você usa drogas se torna uma pessoa feroz e uma pessoa perigosa, porquê nos somos os únicos animais que podemos usar da inteligencia para fazer o mal.
Jesus veio fazer a revolução da fraternidade e o Tempo do Advento é esse tempo de fraternidade, mas a arma mais perigosa é a língua, que é mais perigosa que uma metralhadora. O tempo do Advento diz a Segunda leitura (Romanos 13,11-14a), é o tempo de se revestir de Cristo.
É preciso se revestir de Cristo por inteiro, dos pés a cabeça, do ultimo fio de cabelo ao dedão do pé.
Deixar Cristo revestir o nosso ouvido, para ouvir a Voz de Deus, que Cristo revista os nossos olhos, pois quem não tem amor não enxerga, e se nossa língua for ungida, for revestida por Jesus a serviço do amor, nossa palavra sera capaz de animar, motivar, consolar, levantar a todos e não mais dividir, e por fim se o nosso coração for o lugar onde o amor reside, seremos como uma fornalha, que arde de compaixão.
Peça também que nossas mãos sejam ungidas, para abençoar, para levantar, para ajudar o outro, peça que o amor de Jesus transforme as suas mãos, pois se você trabalha sem amor, de nada adianta. O amor precisa entrar até no seu bolso, para que você possa ser solidário, partilhar, e lembrar-se das palavras que falamos pela manhã: sobriedade e solidariedade.
O Natal só acontece com pessoas novas, quando você se torna novo, revestido pelo mesmo Espirito Santo que revestiu Jesus. Quando o seu natal acontece? Quando você pode dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal.2, 20).
Sede sóbrios. O Natal não é tempo de bebedeiras, de drogas, mas tempo de revestir-nos do Cristo, pois não sabemos, quando vamos prestar contas da nossa vida ao Senhor.

Homilia de Dom Irineu Danelon - Bispo de Lins - SP

1º Domingo do Advento

A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo, revisando nossas relações familiares. Como resultado deveremos buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isto deverá ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Esta semana, em família da mesma forma que em cada comunidade paroquial, acenderemos a primeira vela da Coroa do Advento, de cor roxa, como sinal de vigilância e desejo de conversão.

O que Significa a Coroa do Advento?

A vela sempre teve um significado especial para o homem, sobretudo, porque, antes de ser descoberta a eletricidade, ela era a vitória contra a escuridão da noite. À luz de velas São Jerônimo traduzia a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém, onde Jesus nasceu.
Em casa, à noite, quando falta a energia, todos correm atrás de uma vela e de um fósforo, ainda hoje.
Acender velas nos faz lembrar também a festa judaica de “Chanuká”, que celebra a retomada da cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos do rei Antíoco IV.
Antes da Era Cristã os pagãos celebravam em Roma a Festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz, que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).
Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário. Para nós cristãos simbolizam a fé, o amor e o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.
Nestas quatro semanas somos convidados a esperar Jesus que vem. É um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e a esperar a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.
A coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus por nós, que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus humanizado.
A coroa é composta de quatro velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo nem fim, é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Santa Catarina de Alexandria

No dia 25 de outubro lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de um Estado brasileiro: Santa Catarina. Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.
"Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado", disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. "Gostas tu d'Ele?", perguntou Maria. -"Oh, sim". -"E tu, Jesus, gostas dela?" -"Não gosto, é muito feia". Catarina foi logo ter com Ananias: "Ele acha que sou feia", disse chorando. -"Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada", respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o "casamento místico de Santa Catarina".
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.
Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

7 Dicas para Sermos Firmes na Caminhada com Deus

No mundo de hoje sabemos o quanto é difícil pertencermos a Deus e estarmos no mundo. Diz a bíblia que: “Nenhum servo poder servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro…”, assim também acontece na nossa vida de caminhada com Deus e o mundo. Um dos grandes motivos que não nos levam a decidir pela vida em Deus é justamente as influências do mundo e a radicalidade de estar no mundo e não pertencer as coisas dele (a tudo que nos afasta da presença de Deus e nos aproxima de uma vida de pecado).
Hoje assumir uma vida consagrada é um desafio para o jovem, mas acima de tudo uma grande alegria para o coração de Deus. Certo dia o Papa João Paulo II, disse que a parábola do bom pastor tinha se invertido, ou seja, não era mais as 99 ovelhas que estavam no aprisco e 1 estava perdida, mas sim, 1 no aprisco e 99 perdidas.
Precisamos assumir uma vida de radicalidade para com Deus, deixando tudo que nos levar a pecar e viver uma vida de santidade. Principalmente com estamos num caminho de discernimento vocacional e sendo acompanhado para fazer parte de uma comunidade de vida, pois o nosso caminho de santidade não deve ser depois que somos convidados a morar, mas sim a partir do primeiro momento que eu tive um contato direto com Deus, onde pude sentir-me amado por Ele.
Segue 7 dicas que podemos viver no nosso caminho que nos fará firme na caminhada:
1.    Ter uma vida de sacrifício – devemos procurar praticar o jejum e encarar a nossas dificuldades como sacrifício e oferta a Deus, na esperança que Ele está sempre conosco, não abrindo o nosso coração para a murmuração, divisão, entre outros pecados que corriqueiramente praticamos e achamos “normais”.
2.    Colocar em dia a vida de oração – precisamos sempre investir na nossa vida de oração. A oração é o meio de nos comunicar com Deus e se Ele é nosso Senhor, temos que buscar ter uma intimidade maior com Ele.
3.    Santidade provada – a medida que o tempo vai passando na caminhada do discípulo cristão as dificuldades vão aparecendo, mas ao mesmo tempo vão nos gratificando em graças e santidade, e pela santidade devemos enfrentá-las e sermos fiéis ao seguimento de Cristo.
4.    Fuga do mal – com o mal não devemos brincar. O único capaz de vencê-lo é Jesus. Claro que com Ele somos mais que vencedores. Porém na nossa vida, existe várias formas do mal querer destruir nossa vocação quando o procuramos, através da TV, internet, drogas entre outros. O bom mesmo é nos afastarmos dele e se aproximar cada ver mais de Deus.
5.    Vida apostólica – devemos procurar fazer alguma coisa por Cristo e pela Igreja Dele. O reino de Deus cresce em nós à medida que nos damos ao outro. Procuremos servir a Deus e ao próximo e estaremos fortificando nossa vida apostólica e nos preparando para a vinda do Senhor.
6.    Ame concretamente – não tem como ser Cristão e não amar concretamente, devemos a cada dia procurar viver mais o amor. O amor é o fundamento de nossa fé, um dia tudo passará e apenas o amor permanecerá, porque o amor é Deus, que vivamos Deus no próximo a cada dia de nossa vida, em tudo que fazemos e temos. Amar concretamente significa amar com atos.
7.    Perdoar – onde há o amor há o perdão, devemos a cada dia colocá-lo em prática em nossa vida e perceberemos o quanto nos sentiremos mais livre e mais perto de Deus.
Estas são as sete dicas que nos levará a ter um caminho cristão mais forte e nos fará mais preparado enquanto vocacionados, a se decidir a cada dia por Cristo e seu reino.
Que Deus nos abençoe sempre.


Extraído do site da comunidade Obra de Maria.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Adoração nos Tira das Garras do Inimigo

Nos momentos em que não conseguimos rezar, é provável que estejamos envolvidos numa grande tentação, num redemoinho que envolve nossos sentimentos, nossa vontade e nossa carne. Nesse redemoinho de tentação, a oração no Espírito nos salvará do pecado. A adoração nos tira das garras do inimigo. Mesmo sem palavras, adoramos ao Senhor em espírito. Diante do Trono da Graça, a divindade d'Aquele que nos amou, nos escolheu e nos salvou age em nós e, assim, somos vitoriosos. Na adoração, a tentação é obrigada a ceder. Peça ao Espírito Santo a graça de viver essa adoração, peça a Ele que você adore “em espírito e em verdade”.  "Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e em verdade, são esses adoradores que o Pai deseja. Deus é Espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e em verdade" (João 4, 23-24).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aniversário do Padre Fernando

No último dia 12 de novembro de 2010 comemoramos o aniversário natalício do Padre Fernando. Tivemos uma Celebração Eucarística em ação de graças ao nosso Deus Amado. Esta Missa foi presidida pelo Padre Fernando e co-celebrada pelo amigo e irmão o Padre Sebastião (Paróquia de Mocos - Timbaúba - PE).
A celebração foi muito linda e contamos com a presença dos pais do nosso pároco (Nivaldo e Luzinete) e também de uma de suas irmãs.
Várias pessoas de outras paróquias estiveram presentes, como: Limoeiro eTracunhaém. O momento de homenagens foi muito bonito, pois muitas pessoas demonstraram o seu amor, carinho e afeto pelo nosso pároco.
Após a missa foi realizada uma "festinha" em comemoração dessa data tão importante na vida do nosso pastor e sacerdote, o Padre Fernando Nivaldo Batista.
Vejam as fotos desta tão singela homenagem:

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Livres para Escolher

Há encontros e palavras de Jesus que dizem respeito a determinadas pessoas. Ao apóstolo Pedro foi confiada uma missão específica de ser rocha firme na edificação da Igreja. Testemunhas escolhidas de acontecimentos decisivos são o próprio Pedro, com Tiago e João. Doze são apóstolos, colunas do novo Israel de Deus, setenta e dois são os primeiros discípulos. O Evangelho relata que algumas mulheres acompanhavam o Senhor, servindo-O e aos Seus apóstolos com seus bens. Aquela que foi chamada apóstola dos apóstolos foi Maria Madalena. Um, dois, doze, setenta e dois...
Mas há uma outra categoria de destinatários da ação e da Palavra de Jesus: a multidão. Chama atenção o fato de que palavras muito exigentes sejam dirigidas a todos: “Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 25-26). Trata-se de uma provocação positiva à liberdade humana, chamada a tomar decisões que determinam um rumo de eternidade.
Jesus pede definições! Os chamados conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência são destinados, na justa medida, a todos os que querem segui-Lo (cf. Lc 14, 25-35). Não se trata de privilégios dos religiosos ou religiosas. “Qualquer de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”! É a pobreza, liberdade em relação aos bens materiais. Mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas deverão confrontar-se com escolhas correspondentes aos valores que norteiam suas vidas e aqueles materiais, por mais importantes que sejam, só servirão para o bem se se submeterem ao bem maior. Além disso, no fim de sua caminhada na terra, na páscoa pessoal da morte, só passará o amor. Todos os bens ficarão do lado de cá!
Livres diante dos afetos: “Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, não pode ser meu discípulo”. Quando alguma pessoa é transformada em ídolo, ficando Deus em segundo plano, os afetos serão desequilibrados. Se Deus passa na frente, o amor às pessoas mais queridas será límpido, sem tomar posse uns dos outros. É o sentido transparente e universal da Castidade!
Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo”. Renunciar à própria vida! De fato, quem não encontrou a quem obedecer não se realiza plenamente, pois se fechará no terrível individualismo que conduz à infelicidade. E o melhor ponto de referência para a obediência, que significa “prontidão para ouvir”, é o próprio Deus.
Não estamos diante de recomendações piedosas, destinadas a um pequeno grupo, mas de decisões com as quais jogamos o sentido de nossa existência, tanto que, sem tais escolhas, somos parecidos com o homem que começou a construir e, não tendo como acabar, torna-se objeto de zombaria (cf. Lc 14, 29-30). Infelizmente, muitas práticas religiosas em nosso tempo não atraem por lhes faltar a consistência das escolhas. Estas sim, mesmo os que pensam de forma diferente as respeitarão, pois coerência de vida não se discute!
Não aconteça com os cristãos de nosso tempo, em sua batalha contra o mal, serem soldados sem estratégia (cf. Lc 14, 31-33). Superficialidade não convencem ninguém! As armas adequadas estão à disposição de quem sabe escolher a Deus, reconhecendo-O mais importante do que todos os bens, afetos e até a própria vida. Quem assim se encontra municiado, participará da vitória que vence o mundo, não destruindo-o, mas o envolvendo na torrente infinita do amor de Deus Pai. “Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).
Cristãos com coluna vertebral! É o que clama nosso tempo. Estes serão sal para dar gosto ao mundo. “O sal é bom. Mas se até o sal perder o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem para a terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14, 34-35).

Como Lidar com o Desânimo

Você já deve ter ouvido alguém na última semana lhe dizer: “Nossa, estou desanimado, não tenho vontade para nada”. Para avaliarmos as situações que geram desânimo, convido você a perceber o quanto consegue ter habilidade para lidar com as dificuldades e as situações delicadas em sua vida. Atribuímos esta capacidade ao que chamamos de resiliência, ou seja, a capacidade de conviver com as situações da vida, superar dificuldades e dar um novo sentido para a vida.
Qual é o sentido da vida? De que forma posso encontrar propósito, realização e satisfação na vida? Consigo construir algo que tenha duração plena?
Muitas pessoas jamais pararam para pensar no sentido da vida e, um dia, depois de muitos anos, começam a questionar por que seus relacionamentos não deram certo e por que se sentem tão vazias, mesmo tendo alcançado algum objetivo anteriormente estabelecido. Um jogador de baseball que alcançou sucesso neste esporte foi questionado sobre o que gostaria que lhe tivessem dito quando ainda estava começando a jogar baseball. Ele respondeu: “Eu gostaria que alguém tivesse me dito que quando você chega ao topo, não há nada lá.” Ou seja, muitos propósitos para os quais nos voltamos, não fazem sentido pleno. Vamos atrás de propósitos que nos completem, tais como: sucesso no trabalho, prosperidade, relacionamentos, entretenimento, entre outros; no entanto, muitos de nós, quando conseguimos tudo isso, ainda sentimos que nada parece nos preencher.
O sentido da vida é descobrir qual é seu sentido, ou seja, descobrir quem somos, de onde viemos e para onde vamos, sobre a procura da felicidade, sobre o amor ao próximo e outros. O sentido da vida é também o progresso material e especialmente espiritual, pois no crescimento individual nesses campos a pessoa se faz e consegue compreender.
Muitas vezes, paramos em situações até mesmo simples, dando-lhes mais importância do que elas realmente merecem, maximizando problemas ou vendo situações que nem sempre são adequadas e nisso acabamos por cair no desânimo. Nem todos temos uma vida perfeita, mas o mais importante é entendermos que, por vezes, precisamos parar, colocando-nos de forma ativa diante das dificuldades de modo a compreender que a vida se faz a cada momento que superamos as dificuldades. Confiar, aceitar suas capacidades e limitações, aceitar algumas coisas e dar passos na mudança de outras será muito importante neste caminho.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

São Zacarias e Santa Isabel

Neste dia recordamos a vida do casal que teve na Palavra de Deus o principal testemunho de sua santidade, já que eram os pais de João Batista, o precursor de Jesus Cristo. Pelo próprio relato bíblico descobrimos que viviam na aldeia de Ain-Karim e que tinham laços de parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

"Havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Ábias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel" (Lc 1, 6).

Conta-nos o evangelista São Lucas que eram anciãos e não tinham filhos, o que acabava sendo vergonhoso e quase um castigo divino para a sociedade da época. Sendo assim recorreram à força da oração, por isso conseguiram a graça que superou as expectativas. Anunciado pelo Anjo Gabriel e assistido por Nossa Senhora nasceu João Batista; um menino com papel singular na História da Salvação da humanidade: "pois ele será grande perante o Senhor...e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe (Santa Isabel). Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus" (Lc1, 15s).

Depois do Salmo profético de São Zacarias, onde ele, repleto do Espírito Santo, profetizou a missão do filho, perdemos o contato com a vida do casal, que sem dúvida permaneceram fiéis ao Senhor até o fim de suas vidas. Assim, a Igreja, tanto do Oriente quanto do Ocidente, reconhecem o exemplo deste casal para todos os casais, já que "ambos eram justos diante de Deus e cumpriram todos os mandamentos e observâncias do Senhor" (Lc 1, 6).

São Zacarias e Santa Isabel, rogai por nós!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

São Judas Tadeu

Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22).
Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu".
Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.
Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu.
Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.
São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
























São Judas Tadeu, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Viver o Bem ou Mal? A Escolha é Sua!

Ouvistes também que foi dito aos antigos: "Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor". Ora, eu lhe digo: não jure de modo algum nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o apoio dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. Também não jures pela sua cabeça, porque não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o seu sim, sim; e o seu não, não.
Muitas vezes, reclamamos que Deus é injusto, pois se esqueceu de nós, não nos dando isso ou aquilo. Mas ignoramos que os desastres da nossa vida são decorrentes do nosso próprio comportamento. Frequentemente, os problemas de saúde são consequências de uma vida de desamor, de ressentimento, de mágoas, vingança e rancor. O coração está poluído, e como o homem naturalmente é um todo, quando não estamos bem de espírito, nossa cabeça, vontade e corpo também não vão bem. A pessoa que vive rancorosa, ressentida, com sentimentos de ciúmes ou inveja terá isso refletido em seu corpo, tornando-se um indivíduo adoentado.
A ansiedade e a agitação são pecados, porque significam desconfiança em Deus. E Ele não deseja isso para nossa vida, pois quer que os seus filhos vivam com confiança. Nosso organismo, que é uma “máquina”, não foi criado para viver angustiado e preocupado. É como se fosse um motor, que aguenta uma forçada, mas logo quebra. Se vivemos agitados, angustiados, preocupados, ansiosos, totalmente fora do caminho de Deus, é porque nosso coração está poluído, ou foi poluído no passado, com malícias e desejos, concupiscências e cobiças inflamadas. Porém, nosso organismo, mente, pensamentos, desejos foram feitos para a pureza, de forma que a sexualidade fosse vivida corretamente no amor.
Deus coloca diante de nós o bem e o mal para escolhemos um dos dois. Se optarmos pelo mal, teremos que nos responsabilizar por todas as suas consequências. Portanto, não se trata de nenhum castigo de Deus, e sim uma opção nossa.
Não há mal que não nos faça mal. Até as coisas mais simples, como a gula. Muitas doenças são carregadas por nós em virtude da nossa má alimentação. Por buscarmos somente o prazer no comer e beber, esquecemos de nos alimentar racionalmente. Nossa própria gula acarreta-nos problemas estomacais, intestinais, no fígado, nos rins etc. Não é castigo de Deus, mas nosso organismo é uma máquina e, portanto, criado a partir de um projeto. Deus disse: “Filhos, a máquina é assim. Vocês são um projeto perfeito, mas fazem a máquina funcionar do jeito que querem e a estragam. Vocês acabam fazendo de vocês mesmos uma arma e tornam-se suas próprias vítimas”.
Se temos sofrido tanto, se não sentimos paz nem alegria, é porque infelizmente insistimos em viver nos descaminhos. Acreditamos mais em Satanás, nosso inimigo, do que em Deus, que é nosso Pai e que nos ensina o caminho da vida. O Senhor nos diz: “Ponho diante de você a água e o fogo, o bem e o mal, escolha aquilo que quer. Eu o estou chamando para viver nos meus caminhos, nos caminhos da fé, do meu evangelho, da felicidade e da paz, mas quem escolhe é você”.

Papa Bento XVI Exorta Católicos a Rezarem o Terço Todos os Dias

Papa realça importância da oração do Rosário para o catolicismo, no mês que a Igreja dedica especialmente a Maria. Bento XVI encorajou os católicos a rezarem o terço todos os dias.
O núcleo do terço, correspondente a uma terça parte do Rosário, consiste na recitação de cinco conjuntos de 10 “ave-marias”.
O Rosário, invocação “tão querida à tradição do povo cristão”, é uma “arma espiritual”, sublinhou Bento XVI, que fez votos para que “a meditação da vida de Jesus e Maria” proporcionada por aquela oração conduza à “renovação espiritual” e à “conversão do coração”.
“Convido-vos, caros jovens, a fazer do Rosário a vossa oração de cada dia. Encorajo-vos, caros doentes, a crescer, graças à recitação do Rosário, no abandono confiante nas mãos de Deus. Exorto-vos, caros novos esposos, a fazer do Rosário uma constante contemplação dos mistérios de Cristo”, disse Bento XVI.
O Rosário surgiu no século XII como substituto das preces e leituras da Liturgia das Horas para os monges iletrados, com as suas 150 ave-marias a corresponderem aos 150 sal­mos da Bíblia. A oração foi divulgada por São Domingos e pela congregação religiosa por ele fundada, a Ordem dos Pregadores, também conhecida por Dominicanos.
Cada uma das cinco séries de ave-marias que compõem o terço é introduzida pela enunciação e meditação de um episódio da vida de Cristo, seguida da oração do Pai-Nosso, terminando com o “Glória”, louvor que invoca a Trindade, isto é, Deus Pai, Filho (Jesus) e Espírito Santo.

Santo Antonio de Sant`anna Galvão - Frei Galvão Primeiro Santo Brasileiro

Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão, nasceu no dia 10 de Maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo.
Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política.
O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.
Em 1760 ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.
Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.
Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".
Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os Sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura, ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.
Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.
Frei Galvão é o religioso no qual o coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades".
O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.



















 










Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!