Deus não fez ninguém para a mediocridade ou para ficar “amassando barro” no pecado. Alegra-nos saber que fomos feitos para buscar as coisas do alto, para a verdade, a bondade e a beleza. E toda a vida cristã será um exercício em direção à santidade, olhando para o Céu. Desejar menos do que isso é reduzir a grandeza do ser humano. Trata-se do caminho da perfeição, chamada pelos cristãos de "santidade".
Jesus garantiu aos Seus discípulos, com promessa segura, a vinda do Espírito Santo, dado em penhor da autenticidade de suas palavras. Sua ação não se restringe ao interior da vida eclesial, mas se estende e se realiza onde quer que se faça o bem. De fato, todo suspiro de perfeição e bondade em qualquer recanto da terra tem nele sua fonte. E no tempo da Igreja, até a volta gloriosa do Senhor, o Espírito Santo conduz a Igreja e todos os cristãos.
Entretanto, a vida espiritual, como convite a todos os que escolhem Deus como tudo de sua existência, é chamada à plenitude, no exercício das virtudes e no acolhimento dos dons do Espírito Santo e à bem-aventurança. As virtudes nos fazem participar da vida sobrenatural de Cristo de modo “humano”, como um exercício a que a teologia espiritual chama de “ascese”, árduo caminho de subida até o monte que é Cristo. Virtudes são hábitos infundidos pela graça de Deus para iluminados pela fé e fortalecidos pela caridade. Elas são como músculos, forças espirituais que atuam na pessoa, pela graça de Deus. Dentre tantas, a fé, esperança e caridade, virtudes teologais, e as virtudes morais da prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Em Jesus Cristo está a plenitude dos dons do Espírito, a sabedoria, a inteligência, conselho, a fortaleza, o entendimento e o temor de Deus (cf. Is 11, 1-2). E sabemos que os cristãos participam da mesma riqueza de Cristo, pois recebem de sua plenitude “graça sobre graça” (Jo 1, 16). Do Espírito Santo nos vêm princípios de vida ainda mais perfeitos, que nos fazem participar da vida de Cristo de um modo “divino”. Os dons do Espírito Santo são hábitos sobrenaturais infundidos nas pessoas para que recebam com prontidão as iluminações e moções do Espírito. Trata-se daquilo que a teologia espiritual chama de “mística”. Os dons do Espírito Santo têm a medida do presente que vem de Deus, cuja bondade não tem limites, mas nos “sete dons”, e sete é número bíblico que indica perfeição, reconhecem-se as ações gratuitas de Deus destinadas aos Seus filhos. Em nossa razão atua o dom da sabedoria, para julgar corretamente as coisas divinas, descobrindo o “tempero” ou sabor dado por Deus à vida, em Seu plano de salvação. Para que em nós exista a paixão pela verdade, nos é concedido o dom do entendimento. A ciência é dom do Espírito que leva a pessoa a conhecer as coisas criadas segundo Deus. O conselho é o dom que orienta as decisões práticas do dia a dia. Em nossa vontade, o Espírito Santo age com o dom da fortaleza, para vencer o medo dos perigos e frear os impulsos da agressividade. O temor de Deus é o dom que orienta as decisões e vencer a desordem nos sentimentos. E o dom da piedade suscita um coração bom em relação a Deus, aos e parentes e no trato social.
A vida cristã, no encontro de dons e virtudes, caminho de amor e comunhão entre Deus e a humanidade, floresce, enfim, nos frutos do Espírito Santo: “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, autodomínio” (cf. Gl 5, 19-22). E a prática das bem-aventuranças expressa a maturidade da vida cristã: a pobreza de espírito, a mansidão, as lágrimas, a fome e a sede da justiça, a misericórdia, a pureza de coração, a paz e a perseguição por causa da justiça, a mais perfeita delas, que equivale ao martírio e abarca todas as outras.
Em Jesus Cristo está a plenitude dos dons do Espírito, a sabedoria, a inteligência, conselho, a fortaleza, o entendimento e o temor de Deus (cf. Is 11, 1-2). E sabemos que os cristãos participam da mesma riqueza de Cristo, pois recebem de sua plenitude “graça sobre graça” (Jo 1, 16). Do Espírito Santo nos vêm princípios de vida ainda mais perfeitos, que nos fazem participar da vida de Cristo de um modo “divino”. Os dons do Espírito Santo são hábitos sobrenaturais infundidos nas pessoas para que recebam com prontidão as iluminações e moções do Espírito. Trata-se daquilo que a teologia espiritual chama de “mística”. Os dons do Espírito Santo têm a medida do presente que vem de Deus, cuja bondade não tem limites, mas nos “sete dons”, e sete é número bíblico que indica perfeição, reconhecem-se as ações gratuitas de Deus destinadas aos Seus filhos. Em nossa razão atua o dom da sabedoria, para julgar corretamente as coisas divinas, descobrindo o “tempero” ou sabor dado por Deus à vida, em Seu plano de salvação. Para que em nós exista a paixão pela verdade, nos é concedido o dom do entendimento. A ciência é dom do Espírito que leva a pessoa a conhecer as coisas criadas segundo Deus. O conselho é o dom que orienta as decisões práticas do dia a dia. Em nossa vontade, o Espírito Santo age com o dom da fortaleza, para vencer o medo dos perigos e frear os impulsos da agressividade. O temor de Deus é o dom que orienta as decisões e vencer a desordem nos sentimentos. E o dom da piedade suscita um coração bom em relação a Deus, aos e parentes e no trato social.
A vida cristã, no encontro de dons e virtudes, caminho de amor e comunhão entre Deus e a humanidade, floresce, enfim, nos frutos do Espírito Santo: “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, autodomínio” (cf. Gl 5, 19-22). E a prática das bem-aventuranças expressa a maturidade da vida cristã: a pobreza de espírito, a mansidão, as lágrimas, a fome e a sede da justiça, a misericórdia, a pureza de coração, a paz e a perseguição por causa da justiça, a mais perfeita delas, que equivale ao martírio e abarca todas as outras.
O Espírito Santo, o grande dom do Cristo Ressuscitado, derramado e acolhido do primeiro e dos sucessivos Pentecostes da vida da Igreja, venha sobre todos nós que clamamos com a Igreja: “Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz. Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde. No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós! Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente, dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei. Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons. Dai em prêmio ao forte, uma santa morte, alegria eterna. Amém”.
Dom Alberto Taveira - Arcebispo de Belém do Pára
Nenhum comentário:
Postar um comentário