segunda-feira, 7 de junho de 2010

CORPUS CHRISTI: "PÃO DA VIDA, PÃO DO CÉU"

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XVIII. A Igreja Católica sentiu a necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula "Transiturus" de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na Quinta- feira após a Festa da Santíssima Trindade que acontece depois de Pentecostes.
A Festa aqui no Brasil é marcada, sobretudo, pelo costume de confeccionar tapetes de colorido vivo nas ruas por onde passa a procissão com o Santíssimo Sacramento.
Bom, após breve introdução sobre a origem e a  manifestação do povo neste "dia solene", reflitamos um pouco sobre a sua riqueza espiritual. O valor que tem a Eucaristia.
O Concílio Vaticano II, justamente, afirmou que o sacrifício eucarístico é "fonte e centro de toda a vida cristã" (Lumem Gentium, n.11). Por isso que se diz que "na Santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo" (Presbiterorum Ordinis,n. 5).
O Papa Bento XVI, na sua homilia de posse em 7 de maio de 2005, dizia que o sacramento do altar está sempre no centro da vida da Igreja. "Graças a Eucaristia, a Igreja renasce sempre de novo".
Esta celebração, caros irmãos e amigos, nos remete à Quinta - feira Santa, dia em que Cristo instituiu a Eucaristia. A solenidade  de Crpus Christi é, portanto, uma retomada do mistério da Quinta - feira Santa.
Permitam-me voltar os "tapetes" que confeccionamos para a passagem do Santíssimo. Explico: Na quinta- feira, jesus estendeu a "toalha da sua divindade" na oferta gratuita da última ceia. Ele depôs suas vestes para que pudéssemos ser revestidos d'Ele.
Nós, por nossa vez, na solenidade do Corpo de Cristo, estendemos no chão "os trapos" (sal, areia, serragem, folhagem etc...) que, embora coloridos, não disfarçam aquilo que são: matéria que será jogada fora em seguida. E o que permanece? Cristo, "Pão vivo que desceu do céu" (Jo 6, 51).
Todavia, ao saborearmos este pão que é Cristo, tomamos forças para reconstruir uma nova tecitura para a vida. Afinal, é assim que rezamos na 5ª Oração Eucarística: "...Este pão que alimenta e que dá vida; este vinho que nos salva e dá coragem.Peçamos, portanto, ao Senhor que nos ajude a comungar melhor e que aumente em nós a fé no poder transformador da Eucaristia; no poder do CORPO DE CRISTO. "Ele que em todas as Igrejas do mundo, pelo mistério do pão e do vinho,imolado, nos alimenta;acreditado, nos vivifica e; consagrado, santifica os que o consagram" (Dos Tratados de São Gaudêncio de Brécia, Bispo. Séc. IV)
GRAÇAS E LOUVORES SE DÊEM EM TODO MOMENTO, AO SANTÍSSIMO E DIVINÍSSIMO SACRAMENTO!


Artigo do Padre Fernando Nivaldo - Assessor da PASCOM na Diocese de Nazaré.

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